terça-feira, 25 de novembro de 2014

Madrid me mata ou coisas de e/imigrante


A Ana Moura é a mais fofnha. E tenho dito.


DESFADO
Quer o destino que eu não creia no destino
E o meu fado é nem ter fado nenhum
Cantá-lo bem sem sequer o ter sentido
Senti-lo como ninguém, mas não ter sentido algum

Ai que tristeza, esta minha alegria
Ai que alegria, esta tão grande tristeza
Esperar que um dia eu não espere mais um dia
Por aquele que nunca vem e que aqui esteve presente

Ai que saudade
Que eu tenho de ter saudade
Saudades de ter alguém
Que aqui está e não existe
Sentir-me triste
Só por me sentir tão bem
E alegre sentir-me bem
Só por eu andar tão triste

Ai se eu pudesse não cantar "ai se eu pudesse"
E lamentasse não ter mais nenhum lamento
Talvez ouvisse no silêncio que fizesse
Uma voz que fosse minha cantar alguém cá dentro

Ai que desgraça esta sorte que me assiste
Ai mas que sorte eu viver tão desgraçada
Na incerteza que nada mais certo existe
Além da grande certeza de não estar certa de nada

Sobre a novela

Há muito tempo que não gostava tanto de uma novela, como desta que estreou na sexta-feira passada.
Só é pena os intervalos serem tão grandes. Ontem, enquanto esperava pelo desenvolvimento, tomei banho, lavei os pratos, respondi a emails em atraso e ainda liguei à família.

Mas merece a pena, mais que não seja pelo argumento. Nem o Moita Flores!